Sabes o nome que te deram, não sabes o nome que tens.

Saramago, em Todos os Nomes

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Homenagem a Eduardo

Dei este nome ao post porque o meu camarada Eduardo colocou um no blog dele chamado Paradoxo Temporal. Queria também deixar uma marca intelectual sobre o assunto.

Estou aqui a escrever este post. Imaginem que daqui a uns 50 anos as viagens no tempo se banalizam. Então, o Rafa com 66 anos vai pensar " Epá, vou ao passado para me ver quando era novo, porque tenho saudades desse tempo". E lá vai ele/eu. O eu do futuro vem ao passado, agora presente e vai á casa onde vivia, que é onde eu estou agora. Dessa maneira, lembrar-se ia do codigo da porta do predio, subiria ate ao 4º andar, e abriria a porta com uma chave que provavelmente teria guardado. Com uma engenhoca daquelas que vão haver no futuro, ele/eu silenciosamente vai ao meu quarto. Lá, o meu eu do futuro vê, sentado ao computador a escrever este post, o eu do passado, agora presente. Isto tudo para dizer o seguinte: se eu agora me virar, encontrarei o eu do futuro?

Fica a ideia.


P.S. Eu virei-me. Para minha surpresa, estava lá o meu irmão, a tentar assustar-me.
O funeral dele é amanhã.

3 comentários:

  1. Resposta: não.

    Terás que andar até aos 66 anos, e só depois é que o "Eu" do presente ira encontrar o "eu" do futuro.

    Como na "Casa do Lago", lembras-te?
    ela teve q esperar porque ele estava no passado.

    bonito filme.
    tenho q o ver outra vez.
    Deixa o teu irmão em paz.

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