Ode à Alegria
Alegria!
A pena que tenho em não estar triste.
E ver um surto constante que não existe.
Alegria!
O sabor alegre do que dura pouco.
O vôo leve, o grito rouco.
Alegria!
Que fazes vítimas os que não sabem
da tua manha, e que solenes não fazem
o que a ti te empenha.
Alegria! Oh, alegria de não sorrir!
Alegre em ver-te e não sentir!
E que pena tenho de não fugir.
Alegria!
Doença que me curou.
Fogo que me marcou.
Alegre, pintei o espaço vazio.
Alegre, espantei a cor em mim.
Oh, alegria! Porque não me viu.
Oh alegria, porque és assim?
Bernoulli
Há 7 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário